quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tem crianças na rede, E agora? (parte Il)


Neste post vou falar de controle de acesso tanto para pais quanto para administradores de páginas.

Você sabe qual o o seu público na internet? O conteúdo que você compartilha não é indicado para crianças? Você acha que não precisa se preocupar com isso por que é tarefa para os pais?

O tempo todo temos a responsabilidade social com o que apresentamos a nossas crianças, alguns conteúdos publicados na internet você apresentaria a uma criança na vida real? Sem medo de críticas? Se a resposta for não você precisa configurar a sua página. Foi pensando nisso que o facebook e diversas outras redes sociais criaram o controle de idade, e é obrigação dos administradores usarem estas configurações de acordo com o conteúdo.
Infelizmente as leis em defesa da infância e juventude não seguem o mesmo padrão na internet, mas como cidadãos devemos estar atentos a isso. Não podemos simplesmente jogar conteúdos não indicados a determinadas faixa etárias sem qualquer moderação, vejamos como funciona no facebook tanto para fanpages quanto para grupos:



Grupos voltados para crianças e adolescentes devem ser aberto ao publico, a não ser que seja alguma entidade em que a participação da criança tem o consentimento dos pais, ainda assim, os pais devem ter livre acesso ao grupo. Vejamos o Youtube e blogger:



Paginas que falam sobre patologias ou problemas que envolvem a infância devem ter cuidado com o controle se acesso e principalmente com o conteúdo caso a opção seja por livre acesso, é preciso levar em consideração que tipo de sentimento quer despertar no publico alvo. Se é positividade, cuidado com as imagens que pretende publicar, tente expressar suas palavras de maneira cuidadosa, lúdica e sem duplo sentido.
É de responsabilidade dos pais, estarem atentos as paginas que as crianças curtem e seu conteúdo, avaliando comentários e o objetivo da existência da fanpage assim como a participação em grupos de bate papo. E não ignorem paginas que os deixam desconfortáveis só porque seu filho conhece o dono e faz de "zueira", nem sempre essa zueira é inocente e pode esconder problemas de personalidade. E o fato de seguir determinadas paginas também, os pais devem sempre entender os motivos que levaram o filho a compartilhar determinados conteúdos, porque as preferências são parte da personalidade que ele está formando. Esteja atento para a idade no perfil do seu filho, muitos aumentam a idade.
Sei que tudo parece muito complicado e nos julgamos isentos dessa responsabilidade, a apologia a "Liberdade de Expressão" está fazendo da internet uma grande lixeira sentimental e é isso que estamos ensinando as nossas crianças? 
Qual o resultado do comportamento humano nas redes sociais? Jovens mais deprimidos? Jovens mais racionais e egoístas? Qual o potencial positivo da influência das redes sociais para nossos jovens?

Trataremos disso no próximo post.


Tem crianças na rede, E agora? (parte l)

Esta é uma pergunta que todos que tem crianças adicionados ao seu perfil deveriam se fazer antes de publicar ou compartilhar, mas infelizmente não é assim que tem funcionado.
No facebook por exemplo, só pode fazer um perfil quem tenha 13 anos ou mais. mas isso é a teoria porque na pratica, segundo uma pesquisa divulgada pela empresa de segurança AVG mostra que 54% das crianças brasileiras entre seis e nove anos acessam a Rede Social.
É um dado preocupante.
Particularmente não aceito solitação de crianças, salvo as que realmente conheço e que tenha liberdade de dar uma chamada (alertar para comportamento de risco).
A internet é uma grande praça pública, com a diferença que nem sempre vemos com quem a criança está conversando e o que está sendo assimilado por ela. Por esse motivo, é nossa responsabilidade civil proteger as crianças nas redes sociais, conhecidas ou não.
É possível ver pessoas desnudando a privacidade na internet, publicando e compartilhando coisas que não diriam aos filhos pessoalmente e talvez diante de um questionamento fugiriam do assunto, mas está na internet, e os filhos estão vendo, e pouco a pouco, esta criança está formando uma opinião sobre os pais e sobre a vida, o que nos parece banal, para uma criança sem discernimento de certo ou errado pode ter um peso incalculável.
Segundo Michael Brody, psiquiatra da infância e adolescência em Silver Springs, Maryland, Estados Unidos, ao mesmo tempo em que pode ser bom para a criança alimentar as amizades, dentro da Rede é muito difundido e ampliado sentimentos como a inveja e ciúmes, o relatório da Academia Americana de Pediatria descreve um novo fenômeno conhecido como “depressão do Facebook “, no qual crianças e adolescentes que gastam uma enorme quantidade de tempo em sites de redes sociais acabam desenvolvendo sintomas de depressão. Já Pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York (EUA), conduziram um estudo que associa redes sociais e consumo de álcool e intorpecentes, de acordo com os cientistas, adolescentes que usam redes sociais diariamente são cinco vezes mais propensos a fumar cigarros, três vezes mais propensos a beber álcool e têm o dobro de chance de fumar maconha.
Há uma banalização de sentimentos como raiva, inveja e ciumes, banalização do sexo e do alcool, uma disputa inconsciente de mostrar felicidade e realização "a qualquer custo".
Muitas vezes é compartilhado imagens, pensamentos apenas por simpatia, e que nem sempre condiz com o estado de espirito real.

"Embora usada por nós com tanta naturalidade, a visão ainda não produziu sua civilização. A visão é veloz, de grande alcance, simultaneamente analítica e sintética. Requer  tão pouca energia para funcionar, como funciona, a velocidade da luz, que nos permite receber e conservar um número infinito de unidades de informação numa fração de segundos." (Caleb Gattegno, 1969)
Vou citar um exemplo de como uma criança pode começar a confundir sentimentos:
Imagine um dia feliz, a criança percebe a felicidade da mãe, mas ao entrar no facebook por exemplo se depara com essa imagem, é possível uma criança perceber a positividade desta imagem? Como uma criança percebe a superação do nosso dia a dia? (a imagem é apenas um representação de duplos sentimentos)
Fonte da Imagem: https://www.facebook.com/GotasDePaz.Mensagens
Ainda temos a prática de compartilhar sem nos mostrar, onde está a pessoa que compartilhou esta imagem? O que ela realmente pensa? É um pessoa cheias de angustias e desilusões tentando supera-las? Ou apenas está passando uma mensagem para pessoas que possam estar precisando? Nunca sabemos, isso vai depender de nossos sentimentos e discernimento ao ler. Mas pensando na criança, será que não estamos passando a ideia de que a vida é só dificuldade? E que todos os dias é uma guerra para se manter em pé?
Reclamamos do trabalho, reclamamos de quase todas as nossas obrigações, mas queremos filhos estudiosos, responsáveis e felizes.
Que mundo estamos apresentando a nossas crianças das redes sociais?
As crianças estão percebendo as pessoas por trás dos perfis?
Se você parou pra pensar, mude. A partir de agora, ao compartilhar, adicione uma mensagem pessoal e evite se mostrar tão cansada com as dificuldades, porque se os adultos estão cansados das responsabilidades qual a visão de futuro essa criança terá?
Devemos lembrar sempre, a linguagem escrita ainda está sendo desenvolvida pela criança, mas a visão, olhar...  perceber... é o sentido mais usado por crianças no aprendizado do dia a dia.
Devemos cuidar do que compartilhamos e publicamos, pois querendo ou não, faz parte da educação que estamos submetemos as nossas crianças.


Referências:
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/39986/39986
http://hypescience.com/redes-sociais-causam-efeito-colateral-raro-mas-grave-a-depressao/
http://hypescience.com/redes-sociais-estimulam-o-uso-de-alcool-e-drogas/

sábado, 14 de junho de 2014

Respeito aos Amigos e Seguidores: Publicação de Artigos Internacionais.



A menos que você possua um perfil Acadêmico ou Cientifico, cuidado ao postar artigos em outros idiomas.

Além de sentir em desalinho com a REDE de amigos ou fãs, existe o risco do usuário se sentir negligenciado ou pouco importante.

Se a publicação for necessária e não seja possível uma tradução, tenha o carinho de avisar que o texto está em outro idioma, faça um resumo.

O risco dos links de artigos em outros idiomas é que grande parte da população usa o tradutor automático, em alguns textos ele geralmente traduz com poucos erros que possam mudar o sentido da frase, mas no geral, não é isso que acontece, grande parte dos tradutores automáticos ainda tem falhas significantes. Artigos em PDF não são traduzidos automaticamente.

Então, se você acha importante publicar links em outros idiomas, avise as seus amigos que a rede de pessoas a qual faz parte, ou que a pagina, também tem pessoas interessadas naquele texto, estimule aos que terão acesso ao conteúdo em outro idioma, a debaterem no idioma local, isso é um sinal de respeito com sua rede de pessoas.


domingo, 8 de junho de 2014

Rede de pessoas

Segundo o facebook uma página pode atingir organicamente em média 16% de seus fãs, o grau de alcance entre os usuários e seus amigos é semelhante. isso porque o feed de notícias usa um algoritmo para classificar o conteúdo com base no probabilidade de interesse  de um usuário para ajudar a fornecer o conteúdo mais relevante. O que isso significa? Que o usuário deixa de receber atualizações frequentes de amigos e paginas com as quais não interage, não é dificil verificar que ha algum tempo não recebe o feed de determinada página ou que, ao se deparar com uma página que acredita ser novidade, ja tenha sido curtida, embora não receba atualizações.
Isso não é resultado de invasão no perfil, ou algo parecido, é o facebook personalizando automaticamente seu feed de noticias de acordo com a sua interação.
Quando o usuário não está satisfeito com seu feed, talvez esteja fazendo as escolhas erradas ao interagir, pode ser curtindo e/ou compatilhando publicações só agradar um amigo ou mesmo para passar o tempo de conteúdo que não condizem com a opinião, segundo Gil Giardelli "somos o que compartilhamos". E assim o facebook gerencia o feed de noticias.
Se ele é agradável ou não, depende do comportamento do usuário.
Para os gerenciadores de Paginas, manter-se acima da estatística de alcance orgânico requer um planejamento detalhado, principalmente, conhecer seus fãs e o que eles esperam de conteúdo, o post patrocinado pode até ajudar a aumentar o numero de curtidas, mas se o conteúdo não estiver sempre dentro da expectativa de pelo menos 20% dos fãs, o alcance tem riscos de permanecer abaixo de 10%, o que pode causar um impressão de que não há interação na pagina e que talvez o conteúdo possa ser de baixa qualidade. Muitos usuários ainda são seletivos ao curtir, preferem páginas com poucos fãs mas com uma maior interação, porque ele busca um debate, uma troca de informações de qualidade de acordo com o assunto abordado pela página.
Cada vez mais os usuários buscam redes de pessoas, não basta receber o conteúdo, ele quer debater sem necessariamente trazer a informação para a sua linha do tempo. Curtir e compartilhar apenas não mostra a pessoa da rede, mostra apenas que ali existe alguém que compartilha e que curte, mas sem manifestar seu nível de envolvimento com o conteúdo.
Para ter um perfil interessante é indicado que o usuário curta e compartilhe apenas o que realmente gosta e tem afinidade, que se envolva em causas as quais realmente acredita.
"Seja o mais interessante e não o mais curtido”  Gil Giardelli


sábado, 7 de junho de 2014

A Era da Informação e a Relação MedicoxPaciente


Com a popularização das redes sociais, surge um novo paradigma sobre os conceitos e práticas em educação em saúde, uma nova forma de interação social, um novo educar, que se for incorporado as práticas de saúde tradicionais, tendem a contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prognóstico da doença.
Sabe-se que hoje, as informações sobre a doença não são exclusivas dos médicos e profissionais de saúde, os pacientes em grande maioria, já chegam aos consultórios com diversas informações sobre seus sintomas e resultados de exames. “Dr Google” é uma realidade que veio pra ficar.
Dentro das redes sociais, é comum encontrar grupos, páginas e blogs administradas por pacientes, familiares ou profissionais, com informação sobre determinada doença, onde o usuário interage, contribui e tem acesso a informações, antes controlada por profissionais de saúde e o meio científico.
É um desafio profissional manter a prática clínica tradicional, apenas com os receituários, medicamentos e protocolos, é preciso incorporar um novo saber, o conhecimento empírico a respeito da própria doença. E as redes sociais podem ser um grande aliado nesta estratégia.  
As novas tecnologias trazem para o cenário da saúde a oportunidade de conhecer melhor como os pacientes convivem com o diagnóstico e como incorporam o tratamento ao cotidiano. Em alguns momentos,  as informações transmitidas  pelos profissionais de saúde com a meta para um bom prognóstico divergem do entendimento e das  particularidades do paciente, dificultando assim a adesão ao tratamento. Alguns se adaptam as regras médicas, outros rejeitam e há os que buscam seus pares nas redes sociais, em busca de novas interpretações desta realidade vigente.



FONTE: Do cotidiano a necessidade: A contribuição das redes sociais para informações de doenças crônicas - Diabetes Mellitus. Curso As Redes Sociais Antes e Depois da Internet: O Que são e suas possibilidades para a Saúde, 2013. ICICT/FIOCRUZ.